O segundo semestre de 2023 está quase chegando ao fim. Além de trazer tendências de consumo e de varejo, a Plataforma Setor Moveleiro antecipa, nesta matéria, as tendências do mobiliário para 2024. Tudo isso para ajudar, cada vez mais, no desenvolvimento do setor. O tema é tratado pelo gerente de vendas de produto da Interprint, Diogo de Hercule, e pelo diretor da Sayerlack, Marcelo Cenacchi.
Personalização e sustentabilidade são itens que não saem de moda. E isso significa que é preciso ter atenção especial aos materiais e aos processos produtivos. Esse cuidado é tanto para atender às necessidades de um comprador atento ao meio ambiente quanto para manter o equilíbrio nos lucros.
Quando o assunto é o estilo, não se pode esquecer o minimalismo e a multifuncionalidade. Afinal, há ainda uma forte tendência de moradias cada vez menores, seja pelo fator econômico ou social. Porém, conforme lembra Hercule, para 2024 há uma tendência para a Newstalgia (veja mais abaixo).
Em termos de cores, os tons terrosos e naturais seguem em alta e são apostas quase certeiras no desenvolvimento das linhas para o próximo ano.
Sustentabilidade ainda vai impactar as tendências do mobiliário
Para Diogo de Hercule, da Interprint, ainda se faz necessário o uso de madeira certificada, tecidos reciclados e o couro que não venha de origem animal. “Tudo isso sem se esquecer das práticas sustentáveis de fabricação, como uso eficiente dos recursos, redução de resíduos e a preocupação com descarte de embalagens”, reforça.
O consumidor, cada vez mais bem informado e engajado, se preocupa com os impactos do modo de vida no meio ambiente. E, sempre que pode, escolhe comprar de empresas que tenham compromisso com a agenda ESG (sigla que, em inglês, significa Meio Ambiente, Social e Governança).
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Marcelo Cenacchi, da Sayerlack, concorda e reafirma. “Essa é uma pauta em muitos setores e segmentos de mercado”, reforça. “A busca por materiais focados na sustentabilidade influenciando o mobiliário. Falamos sobre o uso de matérias primas de fontes renováveis, de materiais reciclados ou ainda de impacto ambiental reduzido ou zero”, completa.
Personalização também continua importante
Cenacchi reforça que o consumidor está mais propenso a optar por produtos que atendam às suas necessidades específicas. Isso se deve muito, acrescenta, às mudanças de hábitos e estilos de vida. “São novas necessidades e tendências às quais a indústria precisa estar atenta.
“As mostras de decoração por todo o país têm aproximado as pessoas dos profissionais de arquitetura e decoração justamente pela personalização dos ambientes e do mobiliário diferenciado sob medida”, acredita o diretor.
Hercule alerta que esse movimento pede maior flexibilidade de produção dos fabricantes. “Oferecer opções de customização, como a escolha de tecidos, cores e tamanhos é fundamental”, avisa.
Estilos e cores nas tendências do design de móveis
Estilos
Para Cenacchi, a questão de estilos pode variar bastante de região para região – em especial, em um país de grandes dimensões como o Brasil. “Vemos características diferentes no mobiliário, que também dependem da cultura, poder aquisitivo e muitas outras variáveis”, explica.
Por isso, diz ele, é fundamental que as indústrias estejam sempre atentas e tenham flexibilidade para adaptar a sua produção sempre que necessário para haver esse alinhamento com o mercado.
Diogo de Hercule, por sua vez, cita três estilos principais que devem estar no radar da indústria moveleira. São eles: o Minimalismo Cálido, que consiste em móveis com linhas limpas, formas orgânicas e cores neutras; Newstalgia Vintage, que combina peças antigas, restauradas e combinadas com elementos contemporâneos; e o Mobiliário Multifuncional, que se adapta ao estilo de vida.
Cores
As cores que devem predominar nas tendências e nas preferências do consumidor também têm ligação com a natureza. Hercule cita os tons de terra (bege, marrom e verde), cores naturais (tons suaves de azul, verde e cinzas aquecidos), com toques de cores vibrantes para trazer vida aos espaços.
Essas cores, comenta o diretor da Sayerlack, estão alinhadas às questões sustentáveis e refletem a preocupação com o meio ambiente. E as neutras, completa, funcionam bem nos pequenos espaços e favorecem o uso de outros elementos de decoração.
Cenacchi inclui as cores metálicas e acabamentos brilhantes, que trazem sofisticação aos projetos. “Novamente, a escolha das cores deve refletir a personalidade da marca, o público-alvo e o estilo dos móveis. É importante acompanhar as tendências do mercado e considerar a durabilidade e a atemporalidade das cores escolhidas”, finaliza.
Nesta reportagem, a Plataforma Setor Moveleiro mostrou:
- Que a sustentabilidade deve ser o norte do desenvolvimento de mobiliário em 2024;
- Que o consumidor ainda vai buscar a possibilidade de personalizar a adaptar os móveis às suas necessidades;
- Que os estilos podem variar, então é fundamental ficar de olho no mercado
- Que as cores seguem a tendência dos tons naturais.
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