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Na metade do mês de agosto, a indústria moveleira esteve em discussão na Ásia. Na ocasião, aconteceram a Reunião da Confederação Mundial de Móveis de 2023 e a Conferência Mundial do Cluster da Indústria de Móveis, na província de Dongguan, em Cantão. A união do setor moveleiro foi a tônica da programação, que propôs a criação de um cluster. O evento contou com mais de 600 participantes. A Plataforma Setor Moveleiro é membro da Confederação.
“Esperamos reunir forças, concentrar-nos nos problemas de desenvolvimento e abrir novas áreas. No caminho para a prosperidade, faremos conjuntamente contribuições valiosas para a indústria moveleira. Isso para promover o bem-estar das pessoas em todos os países”, disse o presidente da Confederação Mundial de Móveis, Xu Xiangnan.
Durante a fala, o presidente lembrou também que a pandemia da covid-19 deixou de ser ameaça global em maio deste ano, mas que os desafios econômicos continuam. “A vida das pessoas voltou ao normal, o desenvolvimento social está de volta ao bom caminho e a economia global está a recuperar gradualmente. Contudo, após uma breve recuperação, o mundo enfrenta o desafio de uma recessão de longo prazo”, ponderou.
Segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional, reforçou, o Produto Interno Bruto (PIB) global deve ser quase um terço menor do que o registrado em 2010 nesta terceira década dos anos 2000. Somam-se a isso as instabilidades, como os conflitos entre Rússia e Ucrânia e a emergência climática.
União do setor moveleiro é solução
Xu Xiangnan reforçou que a cooperação é uma grande característica da indústria moveleira. Tanto internacional, quanto regionalmente. O que acontece desde a produção de insumos e matérias-primas, peças e máquinas, até os serviços necessários para a comercialização dos produtos. Essa cooperação, disse ele, será fundamental para vencer períodos de instabilidade.
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“Conhecer e compreender os problemas de desenvolvimento industrial de cada região, somado à aprendizagem mútua e compartilhamento de experiências bem sucedidas e oportunidades de inovação de vários países, vai ser importante para ampliar o crescimento e ajudar a economia mundial”, explicou.
Problemas e soluções para a indústria moveleira
Com a união de esforços, disse Xu Xiangnan, será possível resolver questões trazidas pela vulnerabilidade de algumas regiões, problemas causados por pandemias, como aconteceu com a covid-19. “A aglomeração industrial é a única forma de ajustar, transformar e modernizar a indústria. Com base na nossa rede internacional, utilizaremos a nossa enorme escala industrial, capacidades de inovação perfeitas e modelo ecológico aberto para promover a indústria global do mobiliário numa produção avançada”, comentou.
A importância do uso das ferramentas digitais
O crescimento do consumo via comércio eletrônico também foi destaque. Tanto na fala do presidente, como na participação da vice-presidente e secretária geral da Associação Nacional de Móveis da China, Linda Tu. Eles ressaltaram a ascensão do e-commerce e da presença do consumidor na internet, que exige também estratégias das empresas nos meios digitais. “A utilização de ferramentas digitais é fundamental para uma melhor experiência do consumidor”, reconheceu Linda.
Para o fundador da Plataforma Setor Moveleiro, Carlos Bessa, que desta vez acompanhou a programação a distância, a indústria moveleira do Brasil deve estar atenta a todos os movimentos mundiais. “A Plataforma Setor Moveleiro, membro da Confederação, faz a sua parte trazendo as informações e dados estratégicos para o desenvolvimento do setor”, finalizou.
O evento acontece quando as cadeias industriais globais passam por mudanças fundamentais e a economia mundial está se recuperando. Promove o entendimento comum entre os países e traz conhecimento para o projeto do Cluster da Indústria de Móveis de Classe Mundial. No futuro, a ideia é que a Confederação Mundial de Móveis, o Conselho das Associações de Móveis da Ásia e a Associação Nacional de Móveis da China continuem apoiando o intercâmbio e a cooperação da comunidade global de móveis.
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