Veja também evolução das vendas de móveis mês a mês
Nós trouxemos aqui na semana passada, que a categoria “móveis e eletrodomésticos” finalmente avançou no comércio varejista no mês de outubro de 2022 — leia mais —, de acordo com o observado na Pesquisa Mensal do Comércio, a PMC, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar de demonstrar também indicadores do varejo isolado de móveis, excluindo-se a venda de eletros, a pesquisa não traz a variação mês a mês no segmento. Nesse sentido, vale a pena voltarmos ao assunto trazendo também a evolução da categoria durante os meses do ano, afim de ilustramos um cenário mais preciso para a avaliação estratégica do desempenho do setor ao final de 2022.
Volume e receita das vendas no varejo de móveis
Na passagem de agosto para setembro deste ano, então, as vendas de móveis no varejo nacional tiveram queda de 6,6% em volume de peças comparando-se com igual período no ano passado.
Com uma série de resultados inferiores, o indicador registra variação negativa no acumulado de janeiro a setembro, na ordem de -10,9%. Nos últimos 12 meses, houve queda de 12,4%.
A maior queda no volume de vendas de móveis no acumulado dos nove primeiros meses do ano foi na Bahia: -31,7%. Seguindo a lista dos cinco piores recuos no período, estão: Distrito Federal (-23,3%); Paraná (-24,6%); Rio de Janeiro (-19,8%); e Pernambuco (-18,2%). Houve variação positiva apenas no estado de Goiás: +2%.
Quando se trata da receita no varejo de móveis, essa também registrou baixa na variação mensal. Porém, mais controlada: -6,2% na passagem de agosto para setembro de 2022. Ainda assim, o faturamento acumulado no ano continua positivo: +2,9% de janeiro a setembro, e também +2,9% em 12 meses.
Inflação acumulada: segmento de cozinhas é o que mais sente no setor moveleiro
É imprescindível ressaltar, contudo, que segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, também medido pelo IBGE, os preços nacionais de mobiliário continuam apresentando aumento mês a mês: em setembro o avanço foi mais controlado, 0,82%; em outubro foi de 1,41% frente ao mês anterior.
No acumulado do ano, o índice de preços registra um acúmulo de 17,05% no setor. Veja abaixo:
No ano, aliás, o segmento de cozinhas foi o que mais sofreu com o impacto inflacionário, acumulando aumento de 20,5%. Salas (+18,6%) e quartos (15,8%) também experiamentaram uma variação bastante alta do IPCA durante o ano. Os segmentos de móveis infantis (+3,36%) e colchõe (+2,37%) foram os menos impactados. Veja abaixo.
Os dados apresentados foram apoiados em números oficiais do próprio IBGE, além de outros estudos que demonstram o indicador evolutivo mês a mês, como é o caso da “Conjuntura de Móveis”, relatório da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado — nós trouxemos um compilado da última edição da conjuntura ontem, leia aqui.