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Varejo de móveis não decola em maio, mesmo com Dia das Mães

Enquanto os números na indústria apontam leve recuperação no ritmo de perdas no volume produzido no setor moveleiro durante o último mês de maio; as vendas no varejo de móveis não decolaram no quinto mês do ano, mesmo com o Dia das Mães.

É o que demonstra a última edição da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), desenvolvida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O comércio de móveis e eletrodomésticos caiu 3% em maio após crescer 2,3% em abril de 2022, ambos resultados na comparação mês a mês. A pesquisa não divulga os resultados das vendas isoladas de móveis nesta variação.

Em relação a maio de 2021, contudo, a categoria teve uma queda ainda maior que no mês anterior, quando foi de 10,2%, chegando a um recuo de 12,6% no quinto mês do ano. Nessa mesma variação, a venda apenas de móveis, de maneira isolada, registrou queda de 9,5%, enquanto a de eletrodomésticos recuou ainda mais, -14,5%.

Volume de vendas de móveis 

Com isso, o acumulado no ano, ao passar de -6,9% até abril para -8,2% até maio, aponta intensificação da desaceleração das vendas de móveis no varejo nacional.

No acumulado nos últimos 12 meses, o resultado foi de -14,3% em maio. Este é o oitavo resultado negativo consecutivo.

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Receita no varejo de móveis

Ao falarmos do faturamento no setor, o varejo de móveis e eletrodomésticos caiu 1,9% comparado ao mês anterior. Já em relação ao mesmo mês de 2021, a receita nominal de móveis e eletros teve queda de 0,1%, demonstrando um retorno à estabilidade, depois da derrocada de 22,3% em abril de 2022 sobre igual mês do ano passado.

Considerando apenas o segmento de móveis na comparação entre maio de 2022 e maio de 2021, por outro lado, registrou-se variação positiva de 4,5%.

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Cenários do varejo nacional

Quando tratamos do cenário geral no comércio varejista nacional, este subiu 0,1% em maio na comparação com o mês anterior. Sendo esta, a quinta taxa consecutiva no campo positivo.

No ano, o varejo acumula crescimento de 1,8%. Porém, apresentou leve queda de 0,4% nos últimos 12 meses, considerando as quedas bruscas no ritmo de compras do brasileiro no final do ano passado.

Vale ressaltar que entre abril e maio, houve queda em apenas dois dos oito grupos pesquisados, com a categoria móveis e eletrodomésticos liderando o quadro negativo, com -3% de evolução, seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico, que registrou queda de 2,2%.

Cristiano Santos, gerente da PMC, acredita que a categoria de móveis e eletrodomésticos seja “uma atividade que não superou seu patamar pré-pandemia, pois ao longo de 2021 teve perdas consideráveis”. “Durante a pandemia, esses itens tiveram um ganho importante devido às substituições que as pessoas fizeram pelo fato de estarem mais em casa. Após essa demanda extraordinária, esses produtos passaram a ter menos importância no orçamento das famílias, sobretudo os eletrodomésticos”, opina.

A possível boa notícia, no entanto, é que a leve recuperação da produção nas fábricas de móveis em maio de 2022 deverão impactar positivamente sobre o varejo nos próximos meses, possivelmente as

 

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