Vendas no varejo no Dia das Mães voltam a se aproximar do patamar de 2019

Varejo no Dia das Mães Plataforma Setor Moveleiro

Data mais aguardada pelo comércio no primeiro semestre, as expectativas para o varejo no Dia das Mães de 2021 não eram das maiores, mas, ainda assim, muito bem-vindas. Depois de um período bastante incomum devido à primeira onda de Coronavírus em 2020, as vendas gerais relacionadas à data no ano passado recuaram em 41%, segundo levantamento realizado pela Boa Vista. Com restrições mais flexíveis ao comércio de rua, mas com a pandemia ainda trazendo insegurança financeira e limitando ações em canais físicos, o grande desafio do varejo neste ano seria a estabilização das vendas, na busca por recuperar o volume perdido no ano passado. O que parece ter dado certo!

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado, o faturamento do comércio brasileiro cresceu 46,5% no Dia das Mães de 2021 em comparação com a mesma data em 2020. Ou seja, praticamente dobrou, retornando a um nível similar ao de 2019 (ano pré-pandemia). Neste ritmo, as vendas presenciais subiram 48,9%, enquanto o e-commerce (resultado mais aguardado em todos os setores) experimentou alta de 24,2%. A região do País com melhor desempenho, segundo a pesquisa, foi a Nordeste, onde o aumento das vendas chegou a 74%.

O setor de maior destaque, ainda de acordo com a FGV, foi o de Vestuário, com um crescimento considerado “extraordinário” de 202%. Outros estudos, porém, como o realizado previamente pela All iN & Social Miner, em parceria com a Opinion Box, apontavam como as categorias com maior demanda por presentes: Beleza e Cosmético (52%), Moda e Acessórios (46%), Casa e Decoração (29%), Eletrodomésticos e Eletroportáteis (24%), além de Eletrônicos e Informática (18%).

Resultados no varejo no Dia das Mães por período

De acordo com levantamento da Dito, empresa de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente) para o mercado omnichannel, realizado entre os dias 08 de abril e 08 de maio, foram realizadas 3,7 milhões de compras no período. O número é, dessa forma, mais que o dobro das 1,5 milhão de aquisições do ano passado.

Essa movimentação gerou R$ 2,5 bilhões em receita, contra R$ 668 milhões do ano anterior. Dos compradores, 48,6% já tinham contato com a marca, um pouco abaixo dos 50,3% do penúltimo Dia das Mães, outro bom indicativo. A pesquisa foi realizada com 140 marcas dos segmentos de vestuário, calçados, acessórios, jóias, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, alimentos, beleza, flores e presentes.

Afunilando um pouco mais as pesquisas, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio para o Dia das Mães mostra que as vendas no varejo físico cresceram 6% na semana da data (3 a 9 de maio de 2021) em relação ao período equivalente de 2020 (4 a 10 de maio). O crescimento ocorre depois do tombo histórico das vendas do ano passado. Veja no gráfico:

Varejo no Dia das Mães Serasa Experian Plataforma Setor Moveleiro

Confiança do consumidor avançou em abril

Vale ressaltar que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 4,3 pontos em abril, para 72,5 pontos. Recuperando, assim, 44% da queda sofrida no mês anterior, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, porém, o índice continua em tendência negativa ao cair 1,1 ponto.

O comportamento cauteloso dos consumidores vem sendo mantido em relação aos gastos. Fato justificado por fatores econômicos como: renda, emprego e aumento dos níveis de endividamento; mas também psicológicos, relacionados à incerteza em relação à saúde e a necessidade de isolamento social. O que colaborou para que o ticket médio para compras no Dia das Mães ficasse em cerca de R$140. Valor menor do que nos últimos anos e que pode ter afetado negativamente a decisão de compra por móveis, que não se encontrava na lista de prioridades de presentes para este ano.

Em abril, a percepção dos consumidores sobre o momento atual ficou estável após atingir o mínimo da série em março. As expectativas para os próximos meses, porém, já estão, de uma forma geral, menos pessimistas do que nas pesquisas anteriores. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, para 64,5 pontos; enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 6,7 pontos, para 79,2 pontos, recuperando 54% da perda sofrida em março.

Com relação às expectativas, ainda, o indicador que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em abril ao subir 8,6 pontos, para 100,7 pontos. O indicador que mede o otimismo em relação às finanças pessoais subiu 4,1 pontos para 86,4 pontos. Já o que trata do ímpeto para compras subiu 6,5 pontos, indo para 53,1. Resultados que embora ainda baixos, demonstram recuperação, trazendo esperança de vendas ainda melhores nos próximos meses.

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