Exportações de painéis de madeira e o consumo no mercado interno

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Mantendo o ritmo positivo do primeiro trimestre — relembre aqui —, o consumo de chapas brasileiras de madeira (aglomerado / MDP, MDF e chapas duras) continua em ascensão tanto no mercado interno quanto externo. Mas seriam as exportações de painéis de madeira um fator preocupante para a indústria brasileira no atual momento? Na busca de respostas, nada melhor do que olharmos para os números consolidados do fechamento do primeiro semestre deste ano.

Os valores de exportação de painéis de madeira brasileiros no período foram de US$ 159,6 milhões. Representando crescimento de +28,9% em relação aos US$ 123,8 milhões exportados no primeiro semestre de 2020, um período bem peculiar, de grande baixa nas exportações, seguido por um reaquecimento global.

Exportações de painéis de madeira: principais destinos

A América Latina, segundo o relatório divulgado pelo  IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), foi o principal mercado regional de exportação de painéis de madeira brasileiros neste ano, com US$ 92,3 milhões no período analisado. O que representa um forte aumento de +52,6% frente aos US$ 60,5 milhões do ano anterior.

O mercado norte-americano segue relevante e foi o que apresentou maior crescimento, com US$ 49,2 milhões e um aumento de +52,9% em relação aos seis primeiros meses de 2020 (US$ 38,6 milhões).

A China, embora tenha sofrido queda de -34,5%, aparece como o terceiro maior destino no ranking de exportações brasileiras no segmento de painéis de madeira. Passando de US $ 11 milhões em 2020 para US $ 7,2 milhões em 2021, considerando os resultados consolidados na primeira metade de cada ano.

Com isso, os volumes exportados pelos fabricantes brasileiros de painéis de madeira apresentaram uma melhora de +13,6% (659 mil m³ no total) no primeiro semestre de 2021.

Vendas no mercado interno aumentam 43,3% no 1º semestre de 2021

Apesar do bom desempenho nas exportações no segmento, porém, as vendas consolidadas de chapas de madeira no mercado brasileiro  na primeira metade deste ano chegaram a 4,06 milhões de m³. Uma melhora de +43,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O consumo aparente durante o primeiro semestre de 2021 no Brasil, por sua vez, atingiu 4,09 milhões de m³. Experimentando, dessa forma, aumento de +44,1% em comparação aos 2,84 milhões de m³ alcançados nos seis primeiros meses de 2020.

Para melhor se entender tais comparações, quando falamos dos resultados do segundo trimestre de 2021 frente a igual período do ano passado, o aumento é ainda mais significativo tanto nas vendas domésticas (+66,8%) quanto no consumo aparente (+67,5%). Números que apontam evolução do abastecimento também no mercado interno.

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