Somando números expressivos neste ano, as exportações brasileiras de móveis e colchões fecharam o primeiro semestre de 2021 com um avanço de 72,1% em relação ao mesmo período em 2020. É verdade que a ruptura sofrida na primeira metade do ano passado, quando houve queda de 17,4% nas exportações do setor, impulsionou o acumulado nesta comparação para cima. Os resultados consolidados a partir da explosão na venda global de móveis em junho de 2020, porém, confirmam a solidez nas exportações moveleiras nacionais, com um aumento de 41,3% na quantidade de peças exportadas nos últimos 12 meses.
Tal movimentação devolve o volume perdido às empresas exportadoras. Aumentando a participação dos móveis e colchões brasileiros no mercado internacional, bem como demonstrando a evolução real da competitividade da indústria brasileira. Confirmando-a como a sexta maior produtora e a 28ª maior exportadora de mobiliário em todo o mundo.
Os indicadores são do estudo “Monitoramento das Exportações de Móveis e Colchões”, desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado para a ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Exportações brasileiras de ‘móveis de aço’ se estabilizam
O destaque desta edição do estudo ficou para a exportação de estofados, que no sexto mês do ano cresceu 122% na comparação com o mês imediatamente anterior; 98,7% no acumulado de janeiro a junho em relação a igual período em 2020; e 38,6% nos últimos 12 meses. Crescimento considerável em todas as comparações.
Chama a atenção, também, a estabilização das exportações na categoria “móveis de aço”, uma das mais abaladas pelas rupturas na cadeia produtiva moveleira geradas a partir do acirramento da pandemia no mundo. O segmento avança em ritmo positivo, com aumento de 103,2% no volume exportado em junho sobre maio deste ano. Estados Unidos, Panamá e Colômbia são, atualmente, os principais destinos internacionais dos móveis de metal produzidos no Brasil.
As exportações de móveis de madeira e de colchões fabricados no Brasil também seguem em evolução contínua, como podemos observar na tabela abaixo:
Principais destinos dos móveis e colchões brasileiros no exterior
Falando no destino das exportações moveleiras, aliás, os Estados Unidos continuam na liderança como o principal mercado importador de móveis brasileiros (veja números na tabela abaixo). Exceto na categoria colchões, em que os principais mercados-alvos atualmente são: o Uruguai, com crescimento de 42,2% no acumulado de janeiro a junho deste ano, apesar da queda de 3,5% em junho sobre maio; a Bolívia, com crescimento robusto de 114,4% no semestre e 131,8% na passagem de maio para junho; e Paraguai, aumento de 107,3% no consolidado semestral e 7,8% no mês.
Voltando ao panorama geral, incluindo as quatro principais categorias de mobiliário (madeira, metal, estofados e colchões), com as exportações moveleiras para o Chile crescendo a um ritmo acelerado, como destacamos em nossa análise sobre a última edição do “Monitoramento das Exportações” (leia aqui), o país sul-americano assumiu nos últimos meses a segunda posição entre os principais destinos dos móveis brasileiros no exterior, deixando o Reino Unido na terceira posição.
O mercado britânico, no entanto, voltou a demonstrar números promissores no final do primeiro semestre de 2021, apresentando avanço de 60% em junho sobre maio; 44,6% no acumulado até junho deste ano; e 17,4% nos últimos 12 meses. Apontando, assim, um possível processo de recuperação. E é sobre as particularidades do mercado consumidor no Reino Unido e as oportunidades para a indústria brasileira de móveis e colchões por lá que falaremos amanhã.
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Os associados ao Projeto Brazilian Furniture têm acesso livre ao relatório completo do “Monitoramento das Exportações de Móveis e Colchões”, edição de julho com dados de junho de 2021. Acesse e entre com seu login: brazilianfurniture.org.br/intranet/.