A migração de cadeias de valor no Cone Sul – Como a industria moveleira pode investir no Paraguai
Este guia mostra por que investir no Paraguai indústria moveleira ganhou força: Maquila (1% sobre o VAN), energia 100% renovável e acesso ao Mercosul. Além disso, você verá riscos, requisitos de origem (RoO) e um comparativo tributário prático para decidir com clareza. de mais nada, a indústria B2B moveleira brasileira — que inclui fabricantes de produtos acabados e fornecedores de componentes, painéis (como MDF e MDP e ferragens — enfrenta pressão crescente devido ao Custo Brasil.
Além disso, fatores como carga tributária cumulativa, custos logísticos e, especialmente, preços energéticos levam empresas a buscar plataformas de produção mais eficientes .
Nesse contexto de otimização de cadeia e nearshoring, o Paraguai vem se consolidando como hub industrial no Cone Sul. Em síntese, o país utiliza incentivos fiscais para atrair IDE em setores-chave como indústria e exportação.
Para aprofundar: conteúdos sobre exportações e o Mercosul estão reunidos na Plataforma.
“Triângulo de Ouro”: fatores de competitividade
De forma prática, a instalação no Paraguai se apoia em três pilares:
- Vantagem Fiscal (Maquila): regime tributário simplificado e reduzido, focado em exportadores [4,5].
- Vantagem Operacional (Energia): custos baixos e estáveis, graças a uma matriz 100% renovável [6,7].
- Vantagem de Mercado (RoO): acesso ao Brasil e ao Mercosul com TEC zero, desde que cumpridas as Regras de Origem [8].
Além disso, veja também nossos conteúdos sobre eficiência energética e acordos do Mercosul (links internos).

Fatores de competitividade no Paraguai: Maquila, energia 100% renovável e acesso ao MercosulOportunidades e riscos: uma matriz rápida
Por um lado, a principal oportunidade está na redução de custos (produção e CAPEX).
Por outro lado, o risco crítico é aduaneiro-comercial: se as RoO não forem cumpridas, a TEC é cobrada na fronteira brasileira, anulando a vantagem. Em síntese, para quem busca investir no Paraguai indústria moveleira, o cumprimento das RoO é o ponto de atenção decisivo para preservar a tarifa zero.
Dica: para quem exporta, revise nossos guias sobre exportar para os EUA e o panorama das exportações.
Pilar fiscal: o Regime de Maquila (Lei 1064/97)
Para empresas B2B moveleiras que visam o mercado externo — sobretudo o Brasil — o Regime de Maquila é o instrumento central.
Maquila: definição e gestão
Em termos práticos, a Lei 1064/97 (regulamentada em 2000) criou o marco legal para a indústria maquiladora de exportação. Na prática, investir no Paraguai indústria moveleira implica desenhar um EVET sólido e alinhado à Maquila para capturar o benefício fiscal desde o início.Em outras palavras, o regime incentiva processos produtivos no país, com uso de mão de obra e recursos locais, e produção 100% destinada à exportação .
Além disso, a política é gerida pelo CNIME. Assim, o interessado deve submeter um Plano de Produção (EVET) para aprovação prévia.

Tributação única: análise do 1% sobre o VAN
O grande diferencial é substituir impostos sobre o lucro por um tributo único de 1% aplicado ao Valor Agregado Nacional (VAN) — ou sobre o valor da nota de exportação emitida pela maquiladora por conta e ordem da matriz, o que for maior.
Implicações estratégicas:
De modo geral, o VAN reúne custos locais (salários, energia, serviços) e o lucro. Logo, o 1% incide sobre uma base menor do que num regime tradicional.
Consequentemente, a empresa tende a otimizar insumos importados (suspensão de impostos; ver abaixo) e concentrar valor no Paraguai. Resultado: margem líquida maior.
Fim dos custos aduaneiros: suspensão de impostos
Em síntese, o Maquila suspende totalmente impostos sobre:
- Matérias-primas e insumos (como painéis, MDF e MDP , laminados, químicos e componentes) .
- Bens de capital (máquinas e equipamentos) .
Para a indústria B2B, isso reduz drasticamente o CAPEX. Além disso, no Brasil, II/IPI/PIS/COFINS elevam o valor da máquina; já no Paraguai, a empresa investe em tecnologia (CNC, automação), reduz o TCO e melhora a competitividade.
Complemento: veja “materiais inovadores” e conteúdos sobre MDF/MDP.
Recuperação fiscal (IVA)
Além disso, as maquiladoras são isentas de IVA na exportação e podem recuperar o IVA das compras internas no Paraguai.
Como a alíquota padrão é 10%, o crédito de IVA melhora o fluxo de caixa (quitação de tributos ou cessão de crédito).
Para reduzir custos de energia, consulte também energia renovável nas indústrias e eficiência energética.
Tributos gerais e repatriação de lucros
Regime comum (o “Sistema 10%”)
Fora do Maquila, o Paraguai adota um sistema simples e competitivo :
- IRE (renda empresarial): 10%
- IVA: 10%
- IRP (pessoa física): 10%
Em suma, as alíquotas baixas já são um atrativo para IDE.

Distribuição de lucros (IDU): o custo de saída
Na repatriação do lucro, incide o IDU quando dividendos são enviados à controladora (matriz brasileira) [10].
A alíquota é 15% para não residentes. Assim, investir no Paraguai indústria moveleira tende a manter carga total inferior à brasileira, mesmo considerando o IDU na remessa de dividendos.
Carga efetiva (modelo):
Se a empresa está no Maquila, paga 1% sobre o VAN e, depois, 15% sobre o lucro distribuído (IDU).
Comparativamente, a carga brasileira (IRPJ/CSLL) pode chegar a ~34%. Mesmo com IDU, o projeto no Paraguai tende a manter carga total bem menor que no Brasil.
Tabela 1 — comparativo de carga tributária
| Fator Fiscal | Maquila (PY) | Regime Comum (PY) | Brasil (típico) |
|---|---|---|---|
| IR Corporativo | 1% sobre VAN [4,5] | 10% (IRE) [10] | ~25% (IRPJ+CSLL) + adicionais |
| Importação (insumos/máquinas) | Suspenso/Isento [4,9] | Aplicável (TEC) | II, IPI, PIS/COFINS |
| Exportação | Isento | Isento | Isento |
| IVA/ICMS (recuperação) | Sim (IVA 10%) [5] | Sim (IVA) | Complexo |
| Dividendos (IDU) | 15% (não residente) [10] | 15% (não residente) [10] | Isento (em geral) |
Esta é a primeira materia de uma série de 3 sobre o tema: “Vantagens e beneficios de investir no Paragua”. A proxima publicação terá como tema: “O Roteiro de Instalação: Checklist Estratégico para o Investimento B2B Moveleiro”
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