Investimentos
Passada a “bolha de consumo” registrada em 2021 no setor de móveis, a indústria e o varejo vêm buscando desde então caminhos para se aproximar novamente do consumidor final, que em meio a um período de baixo poder de compra, vem se tornando cada vez mais criterioso em relação aos produtos e marcas em que investe.
Afinal, investimentos inteligentes são o que movem o mundo!
Não por menos, mesmo em um dos períodos mais incertos para os negócios em todo o mundo, a indústria moveleira compreendeu a necessidade e passou a apostar como uma constante na modernização de seus parques fabris e na otimização de sua produção. Visando, portanto, transformar crises em oportunidades, ao oferecer mais do que produtos, soluções inovadoras, de qualidade e com agilidade para consumidores que viram suas vidas transformadas e exigem respostas rápidas, num cenário em que a competição também é cada vez maior.
Setor moveleiro registra alta nos investimentos em 2023
Diante de tal panorama, as importações de máquinas para fabricação de móveis apresentaram aumento de 31,5% no acumulado de 2022. Crescimento que se manteve em janeiro de 2023: as importações de máquinas tiveram aumento de 129,3% frente a janeiro do ano passado. Quase todos os segmentos apresentaram alta no primeiro mês do ano, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL).
E, claro, diante de todos os esforços realizados pelas indústrias moveleiras nos últimos anos, como ressaltamos em nosso conteúdo especial de ontem — “03 anos de Plataforma Setor Moveleiro: o que mudou, o que ficou para trás e o que está por vir na indústria e no varejo de móveis?” (clique para ler)—, um dos pontos mais importantes a serem ressaltados é, sem dúvida, a união do setor enquanto cadeia.
Ou seja, o investimento inteligente deve começar ao se optar por fornecedores que também invistam em atualização, inovação, tecnologia, design, globalização, integração, sustentabilidade e no social. Pontos cruciais para o sucesso de qualquer negócio no mercado atual e que servem como ferramentas de agregação de valor ao decorrer de toda a cadeia moveleira.
Nos 55 anos de existência, Sayerlack aposta em tecnologia de ponta para novos desenvolvimentos
Na rota dos investimentos, uma das empresas que marca presença é a Renner Sayerlack. Empresa, esta, que chega aos 55 anos de existência neste ano de 2023, contando com quatro unidades fabris, no Brasil e no Mundo: em Cajamar (SP), na Carolina do Norte (EUA), em Minerbio (Itália) e próxima a Santiago (Chile).
A partir desses hubs de produção, a companhia fabrica e exporta o imenso catálogo de produtos para 90 países, em todos os continentes.
“Temos uma divisão geográfica para nortear o atendimento”, conta o diretor geral do grupo, Marcelo Cenacchi. “A Renner Sayerlack Brasil é a matriz do nosso negócio. Desta unidade, cobrimos os países da América do Sul, Caribe e África Ocidental”, explica, acrescentando que a fábrica italiana abarca a Europa, norte da África, Leste Europeu, Oriente Médio e Ásia.
A unidade Sayerlack da América do Norte atende, por sua vez, os Estados Unidos e o Canadá. Já a fábrica do Chile fica mais restrita ao mercado chileno e a países do Pacto Andino, como Peru e Equador. Cenacchi ressalta que a empresa é proprietária de todas estas unidades fabris. “No exterior, adquirimos os imóveis e montamos toda a estrutura de produção do zero”, recorda.
Boas práticas que visam excelência de atendimento
Líder na América Latina na produção de vernizes e tintas, além de ser um dos grandes players mundiais neste setor, a Sayerlack hoje detém mais de 30 mil fórmulas desenvolvidas somente para a madeira. “Somos uma empresa que de fato se especializou em tintas para madeira, tornando-nos uma referência em diversas partes do mundo”, afirma o diretor geral da marca.
As boas práticas, conforme explica o empresário, são inerentes aos negócios da companhia. O exemplo vem da atuação nos diferentes mercados. “A produção e comercialização, seja no Brasil ou no exterior, exige muita atenção, pois há leis rigorosas e específicas em cada lugar.”
De fato, os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da Sayerlack estão alinhados com as normativas vigentes em cada caso. “Também trabalhamos com as informações do nosso pessoal das áreas comerciais”, explica Cenacchi. Ele assinala que um cliente Sayerlack de qualquer país que queira exportar móveis infantis para os Estados Unidos, por exemplo, contará com todo suporte. “Isto porque a legislação difere de estado para estado. As exigências por exemplo em Boston, no Massachusetts, são diferentes das que existem na Califórnia ou em outras partes daquele país”.
Isso se aplica a diversas outras categorias de mobiliário e só é possível graças ao knowhow da companhia, que faz parte da cultura Sayerlack. “Dessa forma, ao entrar um pedido de desenvolvimento, temos condições de indicar opções ao cliente o melhor caminho”. Ou seja, a empresa oferece mais do que produtos, um verdadeiro serviço estratégico.
Ainda como parte do atendimento, pré e pós venda, a Sayerlack mantém um laboratório de simulação na unidade fabril de Cajamar. Ali é possível ser reproduzido qualquer sistema de pintura e envernizamento que o cliente necessite.
São equipamentos em escala menor, que reproduzem qualquer linha de pintura: do fabricante que mais produz em volume até daquele que trabalha sob medida. “Este é o nosso laboratório de soluções para o cliente”, sintetiza o executivo, afirmando ser comum os clientes fazerem testes ali, desenvolvendo novos produtos, novas cores e texturas.
Quando perguntado se esta seria uma prática para fidelização, Marcelo Cenachi argumenta: “Nosso negócio é apresentar boas soluções ao mercado. Queremos que nossos clientes vendam bem, para que ele volte. E assim nós vendamos também, fazendo surgir um ciclo positivo, com produtos e serviços de qualidade”.
Tecnologias novas alinhadas com a preservação ambiental
Outro ponto importante em relação aos valores e pilares do negócio é a sustentabilidade. “É uma prática que adotamos desde a criação da empresa, em 1968”, afiança o empresário. Ele se refere à perfeita sintonia das áreas de pesquisa e desenvolvimento de produto tanto com as novas tecnologias, quanto com a legislação ambiental. “Investimos muito e, por isso, acreditamos ser referência neste campo”, comenta.
Fator que é sobretudo importante considerando-se as diferentes áreas de atuação do negócio. É inegável, por exemplo, que a área química em que a empresa atua seja um segmento crítico, por utilizar solventes e outros produtos. Para isso, porém, aposta e investe permanentemente em tecnologias mais novas e consideradas mais amigáveis com o meio ambiente.
Nesta linha, o portfólio da Sayerlack conta com produtos à base d’água, bem como fórmulas passíveis de secagem feita com lâmpadas ultravioleta. “São as tecnologias mais novas e que têm recebido ótima aceitação junto a muitos clientes, inclusive por exportadores, que têm na pauta sustentável um critério importante para o fechamento dos negócios”.
O que quer dizer, portanto, que se uma fábrica de móveis quer exportar ou incrementar as exportações, garantir a escolha de produtos que respeitem esse critério, será um ponto de partida essencial. Mais uma vez reforçando a necessidade de se trabalhar com fornecedores em sinergia com os objetivos do seu negócio.
Cenacchi ainda explica, dando mais uma dica valiosa para o setor, que na categoria dos solventes, há uma nova geração de produtos. “Se este solvente vem com uma viscosidade mais baixa, ou com um teor sólido mais alto, a formulação exigirá menos diluente. Sem contar solventes feitos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, que poderão até ser recicladas. Isto é um ganho para quem compra e para o meio ambiente”.
A planta da Renner Sayerlack em Cajamar, aliás, é totalmente monitorada sob o aspecto ambiental. Contando, inclusive, com uma estação de efluentes, cuja água, após ser tratada, passa por uma lagoa com peixes – black bass e tilápias. “Já está em andamento o projeto de reuso da água no sistema de resfriamento de reatores. Não será pelo custo, mas por evitar o uso de um recurso vindo de lençol freático”.
Na visão do diretor geral da Sayerlack Brasil, a atividade em que a companhia se insere exige permanentes investimentos. “E as exigências vão aumentando, o que supõe a prática de excelência na gestão também sob o aspecto de destinação de resíduos”. O executivo assegura que o empenho é pleno na busca deste resultado. “E se pudermos fazer mais do que a legislação faz, fazemos”.
Um olhar lançado sobre a questão social
Em relação ao aspecto social, além da valorização dos cerca de 870 funcionários distribuídos entre as quatro fábricas do grupo, a Sayerlack mantém o Projeto Formar. Por meio da iniciativa, todos os anos, jovens entre 13 e 16 anos participam de um programa de desenvolvimento pessoal e profissional, gestão empresarial com dinâmicas que simulam a criação de uma empresa, aulas de inteligência financeira e transformação digital. “O objetivo é prepará-los para o futuro profissional e para auxiliá-los a se inserirem no mercado de trabalho”.
E por falar em futuro, já sobre planos e projetos para a companhia, Marcelo Cenacchi afirma: “Manteremos o nosso ritmo de pesquisa e desenvolvimento, com pelo menos dez novas fórmulas diárias, investindo em tecnologia e melhora dos processos”.