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NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro

A NRF, que é referência global no setor, divulgou, em janeiro deste ano, a aguardada lista com as 25 principais tendências de varejo. Da aplicação de diferentes tecnologias à personalização da experiência do cliente, as inovações apontadas pela entidade oferecem informações importantes para gestores que buscam se antecipar às mudanças do mercado. Na matéria abaixo, você vai saber mais sobre cada uma das previsões apontadas e, ainda, como aplicá-las.

O varejo muda a cada ano, impulsionado, principalmente, por novas tecnologias e pelas mudanças no comportamento dos consumidores. 

Diante disso, acompanhar as tendências de varejo deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade para as marcas que querem se manter competitivas. 

A IA (Inteligência Artificial), o live shopping e a integração de canais, por exemplo, estão transformando a relação entre empresas e clientes, enquanto a experiência no ponto de venda se torna um diferencial importante.

Nesse cenário, a NRF (National Retail Federation, ou Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos, em tradução livre), que é uma das maiores referências do setor, divulgou as 25 tendências que devem marcar 2025. 

Entre as principais, aparecem o uso de agentes de IA para melhorar o atendimento, o crescimento do live shopping como estratégia de engajamento e a busca por experiências mais imersivas para os consumidores. 

De maneira geral, é importante destacar que as empresas que souberem se antecipar a essas mudanças terão mais chances de crescer e se destacar no mercado. Está pronto para saber mais?! Então confira as 25 previsões!

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro
A NRF (National Retail Federation, ou Federação Nacional de Varejo dos Estados Unidos, em tradução livre), que é uma das maiores referências do setor, divulgou as 25 tendências que devem marcar 2025

1. Agentes de IA

Os agentes de IA têm o varejo ao tornar a experiência de compra mais intuitiva e eficiente. Com a digitalização das vendas superando 60%, essas tecnologias estão cada vez mais presentes no dia a dia dos consumidores. 

No geral, a Inteligência Artificial usada como agente é capaz de personalizar recomendações, automatizar reposições de produtos e simplificar o processo de tomada de decisão.

Jorge Biff Netto, que é consultor e professor no segmento de móveis, participou do evento promovido pela NRF em Nova York em 2025 e detalhou que a IA está cada vez mais acessível e tem potencial de transformar a experiência de compra e as operações internas das empresas.

“No setor moveleiro e colchoeiro, isso pode significar a personalização em massa, a adoção de gêmeos digitais, que são ferramentas que simulam layouts de móveis em espaços virtuais, e a automação operacional”, destaca.

Grandes players do mercado já investem fortemente nesse avanço, buscando eliminar barreiras como a rolagem infinita e as comparações demoradas entre produtos, criando uma jornada de compra fluida e personalizada.

Apesar do enorme potencial, a adoção dos agentes de IA em larga escala ainda enfrenta desafios. Questões como custos elevados, privacidade de dados e a necessidade de integração com sistemas legados podem retardar a implementação. 

2. IA generativa

A IA generativa tem ampliado suas aplicações no varejo e promete um impacto ainda maior em 2025. 

Com a capacidade de criar conteúdos personalizados, interagir com consumidores em tempo real e até antecipar demandas com base em padrões de compra, essa tecnologia está elevando a personalização a outro nível. 

Assistentes virtuais impulsionados por Inteligência Artificial, no geral, conseguem interpretar sinais sociais e históricos de compras para oferecer sugestões altamente precisas, aumentando a satisfação e a fidelidade do cliente.

Além de aprimorar a experiência do consumidor, a IA generativa tem um papel importante na operação dos varejistas, já que a análise avançada de dados permite otimizar estoques, prever tendências e até acelerar o design de novos produtos. 

No entanto, o uso ético dessas ferramentas e a transparência no tratamento de dados se tornam cada vez mais essenciais. 

O desafio das empresas, portanto, será equilibrar inovação e privacidade, garantindo que a tecnologia trabalhe a favor do consumidor sem comprometer sua confiança.

3. Desafios com a IA

Embora a Inteligência Artificial continue sendo um dos motores da inovação no varejo, sua implementação enfrenta obstáculos significativos. 

De acordo com o CEO do Google, Sundar Pichai, os avanços mais fáceis já foram conquistados, e os próximos passos exigirão soluções mais sofisticadas. 

A integração da IA com sistemas legados e a falta de padronização nos dados são desafios que dificultam o pleno aproveitamento dessa tecnologia. Sem dados limpos e estruturados, o treinamento e a eficiência dos algoritmos ficam comprometidos.

Débora Fernandes, que é diretora-executiva do Iner (Instituto Nacional de Estudos do Repouso), também participou do evento da NRF em Nova York e argumenta que a Era Digital tem passado por transformações, o que envolve Inteligência Artificial.

“Estamos saindo da Era Digital onde iniciamos com a Web 1.0 (internet), passamos pela Web 2.0 (rede social), onde houve uma migração, e avançando rumo a Era da Inteligência, com a IA, e partimos para a Web 3.0, que engloba, além da IA, o blockchain”, explica.

Além da questão técnica, há também preocupações crescentes com a privacidade e o uso responsável da IA, visto que consumidores e órgãos reguladores estão cada vez mais atentos à forma como as empresas coletam e utilizam informações pessoais. 

Para que a IA continue evoluindo e trazendo benefícios ao varejo, será essencial encontrar um equilíbrio entre inovação e segurança, garantindo que a tecnologia agregue valor sem comprometer a confiança do público.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 previsões para o varejo em 2025, que devem impactar o setor moveleiro
Jorge Biff Netto, que é consultor e professor no segmento de móveis, participou do evento promovido pela NRF em Nova York em 2025 e detalhou que a IA está cada vez mais acessível

4. Live shopping

O live shopping, que consiste na venda de produtos através de vídeos ao vivo, vem conquistando espaço nos últimos anos e deve se consolidar como uma das principais tendências de varejo em 2025. 

Essa estratégia, no geral, combina entretenimento e experiência de compra ao permitir que marcas interajam diretamente com os consumidores em tempo real. 

Com transmissões ao vivo, os varejistas criam um senso de urgência e exclusividade, incentivando compras instantâneas e fortalecendo o relacionamento com o público. 

Netto destaca que, no setor moveleiro e colchoeiro, é possível fazer demonstrações ao vivo em lives interativas, além de estabelecer parcerias com influenciadores para ampliar o alcance das campanhas.

Esse formato já provou seu sucesso em mercados como o chinês, onde o engajamento e as taxas de conversão são impressionantes.

Além de impulsionar as vendas, o live shopping oferece informações importantes sobre o comportamento do consumidor. A interação em tempo real permite entender melhor as preferências do público e ajustar estratégias rapidamente. 

Entretanto, desafios como logística e custo de implementação ainda podem dificultar a adoção em larga escala. Para que essa tendência se torne um pilar do varejo, será necessário garantir que a experiência seja fluida e que o retorno sobre investimento justifique os esforços das empresas.

5. Marketplaces

Os marketplaces continuam a dominar o varejo digital e devem crescer ainda mais em 2025. Empresas como Shein, Temu, TikTok e Amazon têm transformado o setor ao oferecer diversidade de produtos, preços competitivos e conveniência. 

Diante desse cenário, varejistas tradicionais estão buscando maneiras de entrar nesse espaço, expandindo seus modelos de negócio para competir com gigantes do e-commerce. 

Redes como Kroger, Macy’s e Nordstrom já começaram a explorar esse formato, apostando em um portfólio mais amplo para atrair novos consumidores.

A popularidade dos marketplaces se deve, em grande parte, à facilidade de acesso tanto para consumidores quanto para vendedores. 

Para os lojistas, a entrada nesse ambiente digital tem um custo relativamente baixo, permitindo maior exposição sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura. 

No entanto, o desafio será se diferenciar em um mercado cada vez mais saturado. Oferecer um mix de produtos relevante, investir em logística eficiente e criar experiências únicas será essencial para conquistar e fidelizar os clientes.

6. Tecnologia Just Walk Out

A automação no varejo está avançando rapidamente, e a tecnologia Just Walk Out representa um dos principais pilares dessa evolução. 

Ao eliminar filas e caixas tradicionais, essa inovação proporciona uma experiência de compra fluida e eficiente, permitindo que os clientes entrem na loja, peguem os produtos desejados e saiam sem precisar passar por um caixa físico. 

Essa conveniência é impulsionada por sensores, Inteligência Artificial e sistemas de pagamento automatizados, que registram cada compra em tempo real. 

Além de melhorar a experiência do consumidor, a tecnologia atende a uma necessidade crescente do setor: reduzir custos operacionais e lidar com a escassez de mão de obra, que se torna um desafio cada vez maior para os varejistas.

“Com a implementação dessa tecnologia ganhando escala, espera-se que outras soluções complementares se popularizem, como robôs de inventário e veículos autônomos de entrega”, adiciona o consultor. 

Esses avanços, por sua vez, além de tornarem as operações mais eficientes, redefinem a forma como os varejistas interagem com os clientes.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro
Débora Fernandes, que é diretora-executiva do Iner (Instituto Nacional de Estudos do Repouso), também participou do evento da NRF em Nova York e argumenta que a Era Digital tem passado por transformações

7. A tecnologia como aliada dos colaboradores

A digitalização do varejo não se limita à experiência do cliente, já que os colaboradores também se beneficiam dessas inovações. 

O avanço da Inteligência Artificial e das ferramentas automatizadas está ajudando os profissionais do setor a se concentrarem em atividades estratégicas e de alto valor, em vez de se prenderem a tarefas repetitivas e operacionais. 

Aplicações como assistentes de IA, sistemas preditivos e plataformas de gestão integrada permitem que os funcionários tomem decisões mais rápidas e precisas, otimizando a eficiência do dia a dia. 

Essa transformação, além de melhorar a produtividade, contribui para um ambiente de trabalho mais dinâmico e engajador.

Além disso, o investimento em tecnologia voltada para os colaboradores impacta diretamente a retenção de talentos no varejo. 

Oferecer capacitação contínua e ferramentas inovadoras faz com que os funcionários se sintam mais valorizados, reduzindo a rotatividade – que é um dos grandes desafios do setor moveleiro.

8. Renascimento das lojas físicas

Apesar do crescimento exponencial do e-commerce, as lojas físicas continuam desempenhando um papel importante no varejo. 

Em 2025, a tendência é que esses espaços sejam cada vez mais voltados para experiências imersivas, permitindo que as marcas fortaleçam sua identidade e criem conexões mais profundas com os consumidores. 

O diferencial das lojas físicas está na interação direta, na possibilidade de experimentação e na sensação de pertencimento que elas proporcionam. 

“As experiências imersivas têm potencial de transformar o varejo físico, especialmente no setor de móveis e colchões, no qual podemos aplicar inovações como as realidades aumentada e virtual e os ambientes sensoriais”, exemplifica Netto.

Nesse cenário, o varejo físico se torna um ambiente de descoberta e relacionamento, oferecendo algo que o digital ainda não consegue replicar totalmente.

Outro ponto relevante para esse renascimento é o modelo omnichannel, que integra lojas físicas e digitais de forma complementar. Ao criar experiências fluidas entre os dois ambientes, os varejistas conseguem oferecer conveniência sem perder a personalização.

9. Investimento em serviços e experiências em lojas

A diferenciação no varejo físico passa, cada vez mais, por serviços exclusivos e experiências personalizadas dentro das lojas. 

Marcas como Sephora e Rituals, do ramo de cosméticos, já demonstram como a oferta de serviços adicionais, como consultorias especializadas, workshops e experiências sensoriais, pode ser um forte motor de receita. 

O grande diferencial desse modelo é transformar a loja em um espaço onde o consumidor não apenas compra, mas vivencia a marca de forma completa. 

Essa abordagem, por sua vez, aumenta a fidelização e estimula visitas recorrentes, criando um relacionamento mais próximo com o público.

Netto concorda com a visão, opinando que, além do impacto direto na experiência do cliente, investir em serviços dentro das lojas contribui para o posicionamento da marca no mercado. 

Empresas que oferecem atendimento personalizado e interações exclusivas se destacam da concorrência, reforçando seu valor e identidade.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 previsões para o varejo em 2025, que devem impactar o setor moveleiro
Em 2025, a tendência é que as lojas físicas sejam cada vez mais voltados para experiências imersivas, permitindo que as marcas fortaleçam sua identidade

10. Retail media

O retail media está em um momento de transformação, com muitas empresas expandindo suas estratégias para integrar publicidade diretamente na jornada de compra do consumidor. 

Esse modelo, que permite que marcas promovam seus produtos dentro das plataformas de varejo, ganha força à medida que os varejistas percebem seu potencial para gerar novas fontes de receita. 

Com dados detalhados sobre o comportamento do cliente, as empresas conseguem segmentar anúncios de forma mais precisa, entregando conteúdo relevante no momento certo e no canal mais adequado.

Apesar disso, a expansão do retail media traz desafios. Algumas empresas podem exagerar na quantidade de anúncios, prejudicando a experiência do consumidor e afastando potenciais compradores. 

O equilíbrio entre monetização e relevância será essencial para que os varejistas consigam transformar o retail media em uma ferramenta eficaz, sem comprometer a jornada do cliente.

11. Poder de consumo da Geração Z e dos Millennials

A influência da Geração Z e dos Millennials no varejo seguirá crescendo em 2025, impulsionada pelo alto nível de engajamento digital desses consumidores. 

Segundo Netto, para atender às expectativas desse público, as marcas precisarão ir além da simples presença on-line e investir em experiências híbridas, combinando lojas físicas e canais digitais de forma fluida. 

A descoberta de produtos será cada vez mais personalizada, com recomendações baseadas em inteligência artificial e interações interativas que tornem o processo de compra mais dinâmico.

A transparência e a responsabilidade social continuarão sendo fatores decisivos para essa geração, visto que consumidores jovens querem saber de onde vêm os produtos, como são feitos e se a marca compartilha dos seus valores.

Empresas que não adotarem práticas sustentáveis, éticas e inclusivas correm o risco de perder espaço para concorrentes mais alinhados com essas demandas.

12. Desafios da Geração Alpha

A Geração Alpha, formada por crianças que nasceram e cresceram em um mundo hiperconectado, representa um desafio inédito para o varejo. 

Diferente das gerações anteriores, esses consumidores têm contato precoce com a tecnologia e são influenciados por conteúdos digitais, mas ao mesmo tempo valorizam experiências presenciais. 

Esse equilíbrio torna mais complexa a criação de estratégias eficazes para engajar esse público, exigindo que as marcas adaptem suas abordagens para se conectarem de maneira significativa tanto on-line quanto off-line.

Além disso, o marketing voltado para a Geração Alpha precisa considerar questões éticas e regulatórias. A privacidade infantil, por exemplo, é um tema sensível, e campanhas direcionadas a esse público devem ser transparentes e seguras. 

O papel dos pais como mediadores da jornada de compra também é importante, tornando essencial a criação de conteúdos e produtos que atendam tanto às expectativas das crianças quanto às preocupações dos responsáveis.

Nesse contexto, Fernandes ressalta que, atualmente, vive-se em um período de sociedade intergeracional, ou seja, um mix entre as Gerações Z e Alpha. 

“A Geração Z e a Geração Alpha são fundamentais para o varejo, considerando que, mundialmente, as gerações juntas já representam cerca de 48% da população, ao passo que no Brasil, ambas as gerações representam 43% da população”, pontua.

A diretora-executiva do Iner destaca, ainda, que essas são as gerações que estão atualmente em massa no mercado de trabalho, e que passarão a consumir produtos e serviços.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro
A influência da Geração Z e dos Millennials no varejo seguirá crescendo em 2025, impulsionada pelo alto nível de engajamento digital desses consumidores

13. Novas estratégias de marketing

O varejo de 2025 exigirá estratégias de marketing altamente segmentadas, considerando as particularidades de cada geração. 

A Geração Z deve  buscar autenticidade e propósito, se identificando com marcas que demonstrem impacto social real. 

Já os Millennials vão priorizar experiências personalizadas, valorizando empresas que utilizam tecnologia para oferecer interações relevantes e exclusivas. 

A Geração X, mais pragmática, exigirá processos de compra rápidos e eficientes, enquanto os Baby Boomers continuarão fiéis a marcas que transmitam confiança e um atendimento de qualidade.

Com essa diversidade de perfis, as campanhas precisarão ser mais flexíveis e adaptáveis, explorando desde redes sociais e influenciadores até marketing direto e eventos presenciais. 

O desafio será, justamente, criar mensagens que ressoem com cada grupo, mantendo a coerência da identidade da marca.

14. Trabalho de marketing árduo

O marketing no varejo nunca foi tão desafiador. O excesso de informações disponíveis e a crescente desconfiança em relação à publicidade fazem com que os consumidores estejam mais seletivos e resistentes às abordagens tradicionais. 

Além disso, com tantas opções no mercado, o tempo entre a descoberta e a decisão de compra tem se tornado mais longo, exigindo que as marcas desenvolvam múltiplos pontos de contato para manter o engajamento dos clientes.

Diante desse cenário, o marketing precisa ser mais estratégico e fundamentado em dados. 

Campanhas personalizadas, baseadas em inteligência artificial e aprendizado de máquina, serão essenciais para capturar a atenção dos consumidores. 

Ademais, a construção de narrativas autênticas e envolventes ajudará a estabelecer conexões emocionais com o público, tornando a experiência de compra mais impactante.

15. Experiência de compra integrada

A experiência de compra integrada será um dos principais fatores de sucesso para as marcas em 2025. 

Os consumidores esperam transições perfeitas entre os canais digitais e físicos, sem barreiras entre a pesquisa on-line e a compra em loja. 

Por isso, recursos como visibilidade de estoque em tempo real, checkout simplificado e múltiplas opções de entrega vão tornar a jornada do cliente mais ágil e eficiente, reduzindo atritos e aumentando a satisfação.

Para se destacar nesse novo paradigma, as empresas precisarão investir em tecnologia e inteligência de dados para oferecer interações personalizadas e consistentes. 

A experiência do consumidor não pode ser fragmentada, já que cada ponto de contato deve reforçar a identidade da marca e proporcionar um atendimento eficiente.

Nesse sentido, conforme destaca Fernandes, “o segmento varejista não deve apenas multiplicar canais, mas sim unificá-los”. Para a diretora-executiva do Iner, o conceito de unified commerce transcende a visão de omnichannel e cria uma experiência única.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 previsões para o varejo em 2025, que devem impactar o setor moveleiro
O varejo de 2025 exigirá estratégias de marketing altamente segmentadas, considerando as particularidades de cada geração

16. Social commerce

O comércio social, que consiste na possibilidade de os consumidores comprarem produtos ou serviços diretamente de postagens e anúncios em redes sociais, vai continuar a ganhar força em 2025, se tornando como um dos principais canais de compra para consumidores digitais. 

Plataformas como TikTok, Instagram e Facebook devem investir em novas integrações para tornar a experiência de compra mais fluida, permitindo que os usuários descubram, interajam e adquiram produtos sem sair do aplicativo. 

“O TikTok é a plataforma mais promissora para esse formato de negócio, com a solução TikTok Shop, que ainda não está disponível no Brasil. Essa ferramenta tem o registro de 50% da base de usuários já tendo feito uma compra dentro do aplicativo”, acrescenta Fernandes.

A personalização impulsionada por Inteligência Artificial será um diferencial competitivo, oferecendo recomendações baseadas no comportamento de navegação e preferências individuais dos consumidores.

Para o setor moveleiro, essa tendência representa tanto um desafio quanto uma oportunidade. 

Marcas que souberem explorar o social commerce poderão apresentar seus produtos de forma envolvente, com demonstrações ao vivo, avaliações de influenciadores e interações diretas com os clientes. 

A possibilidade de comprar móveis diretamente das redes sociais, com opções de visualização em realidade aumentada, pode transformar a jornada do consumidor e aumentar as taxas de conversão.

17. Pagamentos sem contato

A adoção de pagamentos sem contato atingirá um novo patamar em 2025, impulsionada pelo crescimento das carteiras digitais e dos pagamentos por aproximação. 

Com consumidores cada vez mais exigentes em relação à agilidade no checkout, soluções como pagamento por QR code, carteiras digitais e opções de compra com um clique vão continuar a se expandir. 

A praticidade, no entanto, precisará ser acompanhada por medidas avançadas de segurança para lidar com ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas.

Embora o dinheiro ainda seja utilizado por parte da população, principalmente entre consumidores sem acesso a serviços bancários digitais, a tendência é que os varejistas reduzam sua dependência de pagamentos físicos. 

O desafio, nesse caso, será equilibrar inovação e acessibilidade, garantindo que a experiência de compra seja fluida para todos os públicos, independentemente do método de pagamento escolhido.

18. Mudanças de acesso ao desempenho financeiro dos varejistas

A forma como os varejistas medem seu desempenho financeiro está evoluindo. Além das tradicionais demonstrações de lucros e perdas, fatores como engajamento digital, lealdade à marca e práticas de sustentabilidade ganharão mais peso na avaliação da saúde de um negócio. 

A abordagem conhecida como “quinta parede” propõe considerar aspectos qualitativos, como a experiência do cliente e o impacto ambiental, na análise dos resultados financeiros.

Essa mudança reflete uma visão mais ampla da performance empresarial, na qual métricas como retenção de clientes, menções positivas nas redes sociais e iniciativas de responsabilidade social se tornam tão relevantes quanto os números financeiros. 

A adaptação a essa nova realidade exigirá que empresas de todos os setores invistam na construção de marcas sólidas e na transparência com consumidores e investidores.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro
A adoção de pagamentos sem contato atingirá um novo patamar em 2025, impulsionada pelo crescimento das carteiras digitais e dos pagamentos por aproximação

19. Desafios com altos níveis de roubos, violência e crime organizado

O aumento da criminalidade no varejo deve continuar a ser um grande desafio para as empresas em 2025. 

O crescimento de furtos organizados, assaltos e fraudes levará os varejistas a adotarem estratégias de segurança mais avançadas, incluindo inteligência artificial para monitoramento, etiquetas RFID para rastreamento de mercadorias e novas abordagens de proteção de ativos.

Ao mesmo tempo, será necessário equilibrar a segurança com a experiência do cliente. 

Medidas preventivas, como vigilância reforçada e controle de inventário automatizado, precisam ser implementadas de maneira que não impactem negativamente a jornada de compra.

20. Discussões sobre alimentos ultraprocessados

O debate sobre alimentos ultraprocessados deve ganhar força em 2025, com maior escrutínio sobre ingredientes como corantes artificiais, conservantes e aditivos químicos. 

Regulamentações mais rígidas podem ser implementadas, impulsionadas por preocupações com os impactos desses produtos na saúde pública. 

Além disso, os consumidores tendem a exigir mais transparência das marcas, buscando informações detalhadas sobre a composição dos alimentos e seus efeitos nutricionais.

Essa tendência pode ter impactos indiretos no setor moveleiro, à medida que o bem-estar e a saúde se tornem fatores centrais na decisão de compra dos consumidores. 

O interesse por ambientes mais saudáveis e sustentáveis pode impulsionar a demanda por móveis feitos com materiais naturais, livres de substâncias tóxicas e alinhados a padrões de produção ecológicos.

21. Saúde e bem-estar como prioridades para os consumidores

Em 2025, a saúde e o bem-estar vão continuar a ser prioridades para os consumidores, com a indústria de bem-estar crescendo consideravelmente. 

A busca por produtos respaldados pela ciência será cada vez mais forte, com tecnologias como dispositivos vestíveis e monitores de saúde em tempo real se tornando comuns no dia a dia. 

Ademais, o aumento da demanda por soluções que promovam longevidade saudável e prevenção de doenças está moldando o mercado, criando oportunidades para marcas que investem em inovação nesse sentido.

Para o setor moveleiro, isso reflete a crescente demanda por móveis que contribuem para o bem-estar e a saúde dos consumidores. Produtos como cadeiras ergonômicas, colchões e móveis que promovem uma melhor postura estão ganhando espaço.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 previsões para o varejo em 2025, que devem impactar o setor moveleiro
Em 2025, a saúde e o bem-estar vão continuar a ser prioridades para os consumidores, com a indústria de bem-estar crescendo consideravelmente

22. Vendas on-line de alimentos

O crescimento das vendas on-line de alimentos será uma tendência significativa em 2025, com os consumidores cada vez mais propensos a adquirir seus produtos alimentícios através de plataformas digitais. 

A ascensão de supermercados como Walmart, Target e Kroger no ambiente digital reflete uma transformação na maneira como os alimentos são comprados. 

Com a expansão dessa tendência, espera-se que mais consumidores adquiram produtos alimentares em grandes quantidades, priorizando conveniência e preços competitivos.

Embora a expectativa de venda de alimentos on-line seja focada no setor alimentício, pode impactar o setor moveleiro de maneira indireta. 

As plataformas de e-commerce que estão revolucionando o setor alimentício também influenciam como móveis e utensílios para cozinhas e espaços de refeições são vendidos on-line. 

Nesse sentido, as lojas de móveis podem aprender com a estratégia de otimização e personalização de experiência de compra desses gigantes do varejo alimentar, aplicando inovações similares para melhorar a experiência de compra de móveis, tornando-a mais fluida e personalizada.

23. Cadeias de suprimentos adaptáveis, eficientes e resilientes

Em 2025, as cadeias de suprimentos serão mais dinâmicas, eficientes e capazes de se adaptar rapidamente às mudanças. 

O uso de tecnologias como Inteligência Artificial, aprendizado de máquina (ou machine learning, no inglês), robótica e blockchain vai permitir que as empresas monitorem os estoques em tempo real e, também, prevejam possíveis interrupções e ajustem as operações de maneira proativa. 

Essas tecnologias tornam as cadeias de suprimentos mais ágeis e rápidas, evitando atrasos e otimizando os processos, mesmo diante de incertezas econômicas e geopolíticas.

A adaptação a crises e a capacidade de responder rapidamente a flutuações de demanda serão cruciais para manter a competitividade. 

As empresas que adotarem essas inovações devem conquistar uma posição melhor para lidar com desafios imprevistos, como greves, desastres naturais ou mudanças repentinas na demanda do mercado.

24. Circularidade

A circularidade vai continuar a se destacar em 2025, impulsionada por uma crescente conscientização sobre os impactos ambientais e pela demanda por práticas empresariais mais responsáveis. 

Para o consultor, empresas que adotam um modelo circular, que promove a reutilização, reciclagem e prolongamento da vida útil de produtos, terão a oportunidade de se destacar, oferecendo uma alternativa mais sustentável e econômica. 

Esse modelo, por sua vez, além de atender às expectativas de consumidores cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, cria novas fontes de receita e fidelização.

À medida que os regulamentos ambientais se tornam mais rigorosos, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, as marcas que abraçam a circularidade podem se beneficiar de incentivos fiscais e maior lealdade do consumidor. 

“Vale ressaltar, ainda, que a circularidade não se limita à simples reciclagem, mas envolve repensar o design dos produtos para que sejam mais fáceis de reparar, reutilizar ou atualizar, resultando em um ciclo contínuo de valor”, aponta Netto.

NRF (National Retail Federation) divulga lista das 25 tendências de varejo para 2025, que devem impactar o setor moveleiro
A circularidade vai continuar a se destacar em 2025, impulsionada por uma crescente conscientização sobre os impactos ambientais

25. Mudanças em cibersegurança

Em 2025, a cibersegurança vai se tornar uma prioridade ainda maior à medida que a transformação digital avança e mais dados são gerados e compartilhados on-line. 

O aumento do uso de IA e a integração de novas tecnologias nos negócios exigem um foco contínuo na proteção de sistemas e dados contra ataques cibernéticos. 

Nesse sentido, espera-se que regulamentações de privacidade mais rigorosas, junto com um maior controle dos consumidores sobre seus dados pessoais, transformem a forma como as empresas lidam com a segurança e a transparência.

Com a proliferação de dados sensíveis e o uso crescente de dispositivos conectados, proteger informações se tornará cada vez mais complexo. 

As empresas terão que investir em estratégias de segurança mais avançadas para mitigar riscos e garantir que os dados de seus clientes sejam tratados com ética e responsabilidade.

Em 2025, as tendências que estão moldando o setor varejista também trazem impactos significativos para o mercado moveleiro, especialmente no que diz respeito à inovação tecnológica, à sustentabilidade e à adaptação a novos comportamentos do consumidor. 

Ficar atento a essas mudanças é importante para garantir que sua empresa continue competitiva e alinhada com as expectativas do mercado. 

Dessa forma, continue a acompanhar a Plataforma Setor Moveleiro para ter acesso a mais conteúdos exclusivos e atualizações sobre as tendências que estão transformando a indústria moveleira!

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